A importância da
Declaração do Imposto de Renda.
Muitos elaboram a Declaração do
Imposto de Renda Pessoa Física (DIRPF) por se enquadrar em uma das
obrigatoriedades que a lei impõe. Outros fazem a declaração apenas para receber
a restituição dos seus impostos pagos na fonte durante todo ano calendário
anterior. Outros declaram para não pagar a temida multa de R$ 165,74. Mas
existe outro importante motivo para fazer a Declaração de Ajuste Anual do seu Imposto
de Renda.
A Declaração do Imposto de Renda Pessoa
Física é importante para demonstrar, também, a “Evolução Patrimonial” de seus
bens, perante a Receita Federal. Ou seja, ela visa demonstrar a situação patrimonial
de seus bens, ano-após-ano. É como se fosse tirar uma fotografia de seu
patrimônio anualmente, no último dia de cada ano, demonstrando a evolução
positiva ou negativa de seus bens.
Por isso, é aconselhável e é importante
demonstrar todos os bens que você possui em seu nome. Não que seja obrigatório,
mas para fins de evitar notificações ou a própria malha fina, aconselha-se a manter
tudo informado, sem esconder nada.
Por exemplo, na compra de um
veículo. Se de um ano para o outro você declara que comprou um veículo, a
Receita Federal, através da Declaração do Imposto de Renda, vai querer saber COMO
você comprou o veículo.
Então, seguindo nesse exemplo,
existem duas formas de comprar um veículo [ou qualquer outro bem]: 1) Ou você
poupa, e vai guardando dinheiro numa poupança e ou aplicação financeira, ou 2)
você contrai um empréstimo ou financiamento para comprar.
Então, se você, optando pela
primeira opção, comprar um veículo com dinheiro guardado na poupança, o correto
seria sempre declarar os saldos dessas poupanças/aplicações financeiras, para
demonstrar a Receita Federal a real EVOLUÇÃO PATRIMONIAL anual e demonstrar, também,
que você tem/teve condições ($$) de comprar um veículo À VISTA, naquele momento.
No entanto, se você comprou um
veículo através de um empréstimo/financiamento, pela segunda hipótese, a
Receita Federal também vai querer saber quanto você tem de DÍVIDAS contraídas e
para qual finalidade foram tomadas.
Por tanto, se você comprou um
veículo ou qualquer outro bem, em um determinado ano, efetuando o pagamento à
vista (em dinheiro – espécie ou depósito), mas você nunca demonstrou a
evolução de sua poupança através de suas contas bancárias nas suas declarações de
imposto de renda, anteriores, não ficaria estranho? A Receita Federal poderia
questionar: “De onde veio o dinheiro para comprar esse veículo? Apareceu de
onde? Foi doação?”.
Hoje a Receita Federal, Secretarias
da Fazenda Estadual, Prefeituras, Órgãos de Trânsito, Instituições Financeiras,
Bancos, possuem todas as informações de cada operação e de que cada pessoa faz,
todas interligadas. Ou seja, as informações são todas cruzadas. Então,
faz parte do processo fazer questionamentos. Particularmente, é necessário se
fazer muitas perguntas para refrescar a memória do contribuinte se teve alguma
coisa que possa interferir. Pois, precisa-se checar cada situação e informação.
Por isso, é importante, se você deseja
permanecer alinhado com a RECEITA FEDERAL, tendo todas as informações bem declaradas,
não adianta ocultar informações. Pois, como já dito “AS INFORMAÇÕES SÃO TODAS
CRUZADAS”. Nada escapa. Você pode até pensar que está enganando o FISCO, mas
hoje é difícil tal proeza e não se aconselha tal incoerência. O correto é SEMPRE
ser transparente nas informações prestadas. A transparência e as informações
fidedignas são as melhores veredas para seguir na hora de declarar o seu Imposto
de Renda.
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